A flexibilização quantitativa (QE) é uma ferramenta de política monetária utilizada pelos bancos centrais para estimular a economia quando a política monetária tradicional se tornou ineficaz. Ao comprar títulos governamentais e outros ativos financeiros do mercado, os bancos centrais pretendem reduzir as taxas de juros, aumentar a oferta monetária e encorajar empréstimos e investimentos.
Este artigo analisa a definição, os objetivos, os riscos e os exemplos de QE, com foco particular na sua relevância para os investidores na Argentina.
Curioso sobre a negociação Forex? É hora de agir!
Use nossa conta demo gratuita para praticar a negociação de mais de 70 pares Forex diferentes sem arriscar dinheiro real

Definição de QE
A QE é uma forma de política monetária em que o banco central compra títulos do mercado aberto para injetar liquidez no sistema bancário, reduzindo assim as taxas de juro e incentivando os bancos a emprestar mais. Este aumento na oferta monetária visa estimular a actividade económica, tornando os empréstimos mais baratos para empresas e consumidores.
Para a Argentina, compreender o impacto global da QE é crucial, dada a exposição do país aos mercados financeiros internacionais e aos seus desafios económicos. As políticas de QE nas principais economias podem influenciar as taxas de juro globais, os preços das matérias-primas e os fluxos de capitais, afectando directamente os investidores argentinos e a economia em geral.
Objetivos de QE
- Estimular o crescimento económico: Ao reduzir as taxas de juro e aumentar a oferta monetária, a QE incentiva os gastos e o investimento.
- Combater a deflação: A QE pode ajudar a prevenir a deflação aumentando a oferta monetária e elevando a inflação para um nível alvo.
- Apoiar os mercados financeiros: A compra de títulos apoia os preços dos ativos, o que pode estabilizar os mercados financeiros em tempos de estresse.
Riscos de QE
- Inflação: Um aumento excessivo na oferta monetária pode levar à inflação se não for gerenciado com cuidado.
- Desvalorização da moeda: A QE pode levar à desvalorização da moeda nacional, afetando os preços de importação e potencialmente levando à inflação.
- Bolhas de ativos: Taxas de juros baixas prolongadas e excesso de liquidez podem levar a bolhas nos mercados de ativos, como imóveis e ações.
Países que usaram QE
Os especialistas defendem a utilização da QE em economias onde a taxa de juro bancária, a taxa de desconto e/ou a taxa de juro interbancária estão próximas de zero, uma vez que proporciona um meio alternativo para estimular o crescimento económico quando as ferramentas tradicionais de política monetária têm impacto limitado.
1. Japão: O uso do QE pelo Japão começou no início dos anos 2000 para combater a deflação e estimular o crescimento económico. O agressivo programa de compra de activos do Banco do Japão visava aumentar a oferta monetária e encorajar a inflação, estabelecendo um precedente para a QE como ferramenta de política monetária.
2. Estados Unidos: A Reserva Federal dos EUA implementou o QE em resposta à crise financeira de 2008, comprando grandes quantidades de títulos públicos e títulos garantidos por hipotecas para reduzir as taxas de juro e aumentar a liquidez no sistema financeiro. Os programas de QE continuaram sob várias formas para apoiar a economia durante os períodos de crescimento lento e a pandemia da COVID-19.
3. Reino Unido: O Banco de Inglaterra introduziu a QE em 2009 para mitigar os efeitos da crise financeira global. Ao comprar obrigações governamentais e outros títulos, o BoE pretendia reduzir os custos dos empréstimos e estimular o investimento e o consumo.
4. Zona Euro: O Banco Central Europeu (BCE) lançou o seu programa de QE em 2015 para combater a deflação e promover a recuperação económica na área do euro. As compras de activos do BCE incluíram obrigações governamentais, títulos do sector empresarial e títulos garantidos por activos.
5. Canadá: O Banco do Canadá adotou medidas de QE pela primeira vez em março de 2020 em resposta ao impacto económico da pandemia da COVID-19. O programa visava apoiar o funcionamento dos mercados financeiros e proporcionar liquidez à economia canadiana.
6. Austrália: O Reserve Bank of Australia iniciou o seu programa de QE em Novembro de 2020, visando títulos governamentais para reduzir as taxas de juro ao longo da curva de rendimentos e apoiar a economia australiana durante a pandemia.
Experimente a plataforma premiada da Skilling
Experimente qualquer uma das plataformas de negociação da Skilling no dispositivo de sua escolha na web, Android ou iOS.

Perguntas frequentes
Como o QE difere da política monetária tradicional?
Ao contrário da política monetária tradicional, que ajusta as taxas de juro do banco central para influenciar a actividade económica, a QE aumenta directamente a oferta monetária através da compra de activos. Normalmente é usado quando as taxas de juros já estão próximas de zero e não podem ser reduzidas ainda mais.
A QE pode levar à inflação?
Sim, ao aumentar a oferta monetária, a flexibilização quantitativa pode levar à inflação se houver demasiado dinheiro a perseguir poucos bens. Contudo, os bancos centrais monitorizam de perto as taxas de inflação para ajustarem os seus programas de QE em conformidade.
Como é que os bancos centrais decidem quando iniciar ou parar o QE?
Os bancos centrais iniciam a QE quando a economia está fraca e as ferramentas tradicionais de política monetária são ineficazes. Podem decidir parar ou reverter o QE quando a economia mostrar sinais de forte crescimento, aumento da inflação ou se houver preocupações sobre bolhas de activos.
A QE teve sucesso na consecução dos seus objetivos?
O sucesso da QE varia de acordo com o país e o contexto económico. Em alguns casos, a flexibilização quantitativa ajudou a estabilizar os mercados financeiros, apoiar a recuperação económica e prevenir a deflação. No entanto, os críticos argumentam que a flexibilização quantitativa também pode levar à desigualdade de rendimentos e a bolhas de activos.
Qual o impacto do QE no mercado de ações?
A QE geralmente tem um impacto positivo no mercado de ações. A redução das taxas de juro torna as obrigações e as poupanças menos atractivas em comparação com as acções, levando a um aumento do investimento em acções e a preços mais elevados das acções.
Como o QE afeta o consumidor médio?
Para os consumidores, a flexibilização quantitativa pode levar a custos mais baixos de empréstimos hipotecários e empréstimos, estimulando os gastos. No entanto, também pode reduzir o retorno da poupança e, se conduzir à inflação, diminuir o poder de compra.